quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

OUVIR PARA COMPREENDER


Não precisa eu lembrar a nenhuma liderança política partidária, militar, religiosa, sindical ou todos aqueles (as) que fazem opinião na sociedade que o lema OUVIR PARA COMPREEDER é um dos cinco objetivos definidos pela UNESCO para desenvolvermos na conhecida década da cultura da paz.

Peço um pouco de atenção de vocês para falar o que nós, do grêmio, queremos dizer com “EDUCAR, AMAR E TRANSFORMAR. ISSO É POSSÍVEL!” Vamos compartilhar nossos propósitos e enfrentar, juntos, os desafios que nos forem impostos, o que acenderá uma chama em nossos corações jovens e fortes o suficientes para amar a todos. Nesses quatro meses aprendemos muita coisa. Criamos um elo de confiança muito forte entre nós. Aprendemos que é melhor respeitar as opiniões dos outros do que derrotá-las. Aprendemos que, sem cada um de nós essa escola não é nada... É apenas mais um prédio para ser pichado, um muro a ser pulado para roubarem nossas alegrias e esperanças, e por alguns, até odiado. Aprendemos que tudo passa: professores, funcionários, autoridades, representantes da sociedade civil, estudantes; todos passamos...O que fica são nossos exemplos, nossas atitudes. Principalmente, as que transformam coisas ruins em coisas boas.

Aprendemos que tudo o que está além desse muro é o que mais interessa. A escola seria bem melhor se fosse um ponto de encontro para as pessoas trocarem, lançarem e conhecerem idéias, experiências, e, acima de tudo atitudes. Aprendemos que, aqui dentro, aprendemos muito pouco, mas que, se esse pouco for AMAR, ele será o suficiente para transformar essa escola no jardim da nossa casa, na oportunidade conquistada. Se não, corremos o risco de nadar, nadar e morrer na beira.

Aprendemos que tudo isso é possível se os projetos “ Jardim de Alah” Ler Para Quê” Comissão de Frente” Comissão dos aniversariantes” e Carona Amiga” saltarem os muros que oprimem os sonhos e se misturarem efetivamente com cada morador, tornando-se capazes de fortalecer o sentimento de PERTENCIMENTO a esta cidade, a este país e a este planeta. Aprendemos que a juventude vive o caos de seu íntimo, que oscila da alegria a dor. Uma parte sofre e pratica o dissabor do caos. Outra continua perplexa, assim como uma parte dos adultos. Mas, há os que acreditam que o rio não separa; une as margens, os desejos os prazeres e os sonhos. Esta é a nossa parte, a maioria.

Se ouvirmos para compreendemos a juventude, vamos prevenir e muito os altos índices de violência em volta das escolas no Distrito Federal.

Parte do discurso de posse de uma jovem a coordenação de um grêmio. Retirado do livro Saber Mexer e Acreditar em Gente.Um diretor de escola pública do século XX.

Everardo de Aguiar Lopes

2 comentários:

Sobre a Risos disse...

As ações apresentadas no livro,podem ser vistas como simples ou audaciosas, depende da mentalidade e da visão. Um coisa eu penso: são possiveis de serem realizadas e podem trazer excelentes beneficios!

Pegando um gancho, destaco a ação que vai fazer das escola do plano piloto de Brasília um espaço de denuncias criminais. Penso que denunciar uma coisa errada é um ato de cidadania, assim como participar por um 0800 619619 da Camara dos deputados, denunciar o abuso sexual de criança e adolescente pelo disque 100, porém tais iniciativas são por via de telefone não Coloca a escola numa especie de delegacia. Vejo que é mais facil fazer um DISQUE DENUNCIA ESCOLAR a qual a via é o telefone do que caracterizar a escola como um espaço de denuncia na linguagem jovem um espaço de "caguetes - X9". Caracterizar a escola como um espaço disso, pode criar ate retaliações da bandidagem piorando as coisas !!!

Linda disse...

Acredito que dentro de cada Instituição escolar existem algumas ferramentas capazes de estimular o desenvolvimento cidadão dos discentes. Porém, cada ferramenta necessita do uso adequado e manuseio correto para o fim colimado. Todas ferramentas podem não estar presentes; agir de forma coerente com o que temos em mãos é mais eficaz do que esperar (entenda reclamar/criticar)que outros as tragam. Acredito que falta muita coisa para o ideal de Ensino, mas acredito no potencial de cada Educador, e na capacidade dos nossos alunos. Se cada um tomar para si seu papel dentro da Escola e ter a responsabilidade que lhe compete como diretriz fundamental a ser seguida, chegaremos enfim à construção razoável de um Cidadão.