quarta-feira, 26 de novembro de 2008




SIMPLICIDADE! SÃO OS PEQUENOS GESTOS DO CAMIHO DO MEIO

Por todas as tragédias que estamos presenciando no planeta, as naturais e as provocadas pelo homem, temos motivos para acreditar que a civilização, está vivenciando um momento que podemos identificar como sendo de uma longa e indefinida transição.

Há, sem dúvida alguma, os otimistas incansáveis. Aqueles que acreditam que o mundo estará sempre mudando para melhor, mesmo estando impotentes frente à crise. Esses dedicam seu tempo a ser o conhecido BEIJA-FLOR.

Há aqueles que, ao perceberem a macro gravidade da crise, nessa longa transição desde as tragédias naturais até as efetivamente provocadas pelo homem, tais como o aquecimento global; a falta de ética; a corrupção; a desmoralização dos partidos; e, em especial, a falta de empatia ao seu semelhante; esses se contorcem para não perderem a esperança, têm pressa e esquecem que tudo tem seu ritmo. Por exemplo: navegar nas águas do Rio Amazonas, que parecem lentas, te leva mais rápido a um determinado destino, do que as avenidas de São Paulo, que parecem ser tão mais rápidas.

Mas, como diz o poeta, não sou alegre nem sou triste, sou poeta.

Há aqueles que, em seus pequenos gestos de simplicidade, são capazes de acreditar que a tal transição pode ser mais longa ou mais breve se formos efetivamente micro e macro, e não se preocupam com o tempo, e sim em como vamos sair dessa longa crise na transição civilizatória.

Podemos sair de braços dados do outro lado da longa transição. Ou sairmos do outro lado, mas sem os braços para nos abraçarmos e festejarmos.

Esses têm consciência de que somos a única espécie capaz de efetivamente destruir todas as espécies e, consequentemente, desequilibrar a Mãe Terra, levando-a ao seu esgotamento. E, ao mesmo tempo, somos, também, a única espécie capaz de escolher o caminho, que pode ser o dos extremos ou o caminho do meio, do equilíbrio, da harmonia.

O caminho da harmonia exige de nós a SIMPLICIDADE para não abrirmos mão da capacidade de criar em todas as áreas: do conhecimento, das artes, da nanotecnologia, das descobertas mais fantásticas do cosmo, das tecnologias mais criativas na área das comunicações, da valorização do saber local, etc., sem perdermos de vista o abraço, o beijo, a alegria do fortalecimento dos laços da AMIZADE.

As pessoas, ao exercitarem a SIMPLICIDADE, como o caminho da harmonia, com seus pequenos gestos, expõem sua espiritualidade na dimensão necessária para lidar com a longa e indefinida transição que estamos atravessando.

Foi assim que percebi, no III Fórum Espiritual Mundial, a SIMPLICIDADE do Amigo da Paz, Elianildo Nascimento – O NILDO.

Parabéns a todos os organizadores, os palestrantes e o público que ali estiveram para elevar o Fórum Espiritual Mundial a uma dimensão local e, ao mesmo tempo, planetária.

Ao Nildo, nosso abraço, carinho e respeito por mais esse exemplo.


Everardo de Aguiar Lopes
http://www.movimentoamigosdapaz.blogspot.com/

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

UM BOM ENCONTRO



A cidadania brasileira não é vista com os olhos dos cavalheiros. Na maioria das vezes, ela sequer é vista com o devido respeito.

No entanto, a cidadania brasileira não pára de avançar. Não só em quantidade de participação em encontros, seminários e ações mobilizadoras. Também nas áreas de teatro, cinema, música, meio-ambiente, defesa da criança e do adolescente, contra o preconceito de cor, violência contra a mulher, cultura de paz e não violência, alimentação saudável, economia solidária. Ou mesmo preparando um café da manhã ou o Natal solidário etc., nas periferias das cidades grandes e médias deste país. Mas, principalmente na qualidade dos debates, em redes de pessoas e de organizações. Temos muito a avançar no que diz respeito ao sectarismo à competição entre as organizações, os egos, etc,.

Mas, já demos passos significativos.

Claro que isso tem muito a ver com as conquistas, principalmente nas mais variadas formas de comunicação no planeta. Vivemos, de certa forma, com poucos limites, no que diz respeito ao acesso às informações.

Claro que ainda temos uma quantidade imensa de pessoas que vivem ouvindo as bobagens do Faustão, Xuxa, Raul Gil, Ruck, Angélica e outros. Mas estes já não são nada que nos faça perder a esperança em um mundo melhor.

É assim que vamos realizar UM BOM ENCONTRO aqui em Brasília - DF, com os CONSEGS, ENTIDADES DA SOCIEDADE CIVIL, REPRESENTANTES DAS ENTIDADES DE CLASSE DOS TRABALHADORES EM SEGURANÇA PUBLICA, REPRESENTANTES DO ESTADO -DF, (PM, BOMBEIROS, POLÍCIA CIVIL) e da Administração de Brasília e representantes do Ministério da Justiça, para que a I CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA SEJA APRESENTADA A TODOS, E PRINCIPALMENTE, para que possamos nos conhecer melhor.

Para que o nosso propósito de realizar a I Conferência de Segurança Pública do Distrito Federal, seja, de fato e de direito, mais um passo na caminhada para a prevenção da criminalidade e das violências domésticas sofridas pela população do DF.

A cidadania é o exercício diário do fazer. Do perder para encontrar o novo, na tolerância de uma educação pela paz.




Everardo de Aguiar Lopes

Rede Desarma Brasil

Movimento Amigos da Paz


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VÍDEOS PARA REFLETIR!

Eu tenho um sonho !





Documentário - A historia das Coisas





A viabilidade de uma cultura de Paz (Parte 1)



Compreendendo Melhor a Juventude do Século 21!



terça-feira, 11 de novembro de 2008

COMUNIDADE PROTETORA!

Se continuarmos fazendo o que sempre fizemos, vamos continuar colhendo os frutos que sempre colhemos e depositando na cesta atrás da porta da cozinha.

A celebração do bom encontro de espaços públicos e saudáveis para o diálogo é dinâmica e reflete a ambiência e a imagem das pessoas que compartilham tais espaços.

Esses espaços públicos contam suas próprias histórias e refletem o conceito de mundo de seus usuários, cotidianamente.

Se quisermos, seremos sujeitos desses espaços públicos, tornando-os, espaços saudáveis para que os mesmos não desapareçam no meio da profunda crise da violência urbana que nasce do desprezo de uma elite que faz a escolha do preconceito.

O espectador dos espaços públicos alimenta a competição do capital social local, deixando doente a alma e não permitindo que os fios de ouro que iluminam a criatividade humana se entrelacem na busca da cooperação.

A cooperação, por despertar em nossos corações o sentido de PERTENCIMENTO nos Espaços Públicos Saudáveis Para O Diálogo, de uma forma criativa com a comunidade, nos transforma e nos sentimos como se fizéssemos uma aliança profunda e atássemos laços de afetividade e AMIZADE, não só com as pessoas que ali vivem e convivem, mas, também com os pássaros, as flores, os frutos e com as janelas abertas para a rua. Como se abrissemos os braços para abraçar quem por ali passa com a mão no bolso.

Os ESPAÇOS PÚBLICOS SAUDÁVEIS PARA O DIÁLOGO E CRIATIVOS é uma escolha entre o PERTENCIMENTO e a histórica idéia do monumento representando ser maior do que os homens e mulheres, jovens e adultos, que ali contam seus segredos.

Esses espaços públicos e saudáveis para o dialogo, de forma criativa, desenvolvem uma profunda sensibilidade de PERTENCIMENTO entre os seus habitantes, cotidianamente, e portanto passam a cuidar um do outro, como se fossem sua própria sobrevivência, não permitindo que a violência urbana destrua a nossa capacidade criativa e humanitária.

É neste sentido que as COMUNIDADES PROTETORAS estão florescendo no caos da crise da violência urbana.

Dar um novo sentido ao nosso propósito é fundamental, fazendo com que as pessoas e as organizações se misturem, quebrem suas hierarquias, seus ritos de segredos e de representação. Para que possamos ser reconhecidos como um elo da confiança entre as pessoas, aumentando assim, a cooperação e o sentido de PERTENCIMENTO à comunidade.

Comunidade protetora é aquela na qual as pessoas desenvolvem sua sensibilidade e a alegria do sentido de PERTENCIMENTO e portanto, cuidam das pessoas, dos espaços. Transformam a competição em cooperação e os laços de AMIZADE em uma forma de resistência à fragmentação das ações da rede de proteção social, dando uma nova dimensão ao exercício da cidadania no século XXI.

Everardo de Aguiar Lopes
http://www.movimentoamigosdapaz.blogspot.com/

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

VAMOS PARTICIPAR DESTA HISTÓRICA MUDANÇA!

A Prevenção Social do Crime e das Violências e a Construção da Paz
Está sob a responsabilidade do Ministério da Justiça a honrosa missão de espalhar por este imenso país uma outra forma de compreender e fazer segurança pública: Espalhando A Paz.

Todos os diagnósticos realizados nos últimos dez anos por organizações da sociedade civil, universidades, etc. e as resoluções das mais diversas conferências nacionais, como a das Cidades, da Saúde, educação da Juventude, dos Direitos Humanos, dos Afro descendente e etc, afirmam categoricamente que a Segurança Pública no Brasil deve ser uma das primeiras prioridades do Estado. Afirmam ainda que os índices das violências no cotidiano tem aumentado significativamente. Os homicídios são praticados, na maioria das vezes, por vizinhos, entre jovens de baixa renda do sexo masculino, de baixa escolaridade e negros; maridos alcoolizados, em brigas no trânsito, bailes de galeras, dependentes químicos e etc.

Esta é a paisagem pintada nos gráficos das pesquisas e nas manchetes dos jornais de todo o país.

Não é novidade para nenhum de nós, que somos ativistas de movimentos pela paz e estudiosos, para os pesquisadores das universidades e para as polícias, que o sistema de segurança pública está totalmente contaminado pela corrupção e impregnado do conceito de que segurança se faz com repressão. Mesmo que tenhamos dado passos importantes nos últimos dez anos para modificar esta realidade. Ou seja, os diagnósticos que afirmam e reafirmam o crescimento dos índices das violências e da criminalidade entram em choque com as diversas tentativas de melhorar o sistema de segurança pública. Ninguém está parado esperando a morte chegar, mas, algo está errado.

E para darmos continuidade à nossa caminhada para uma segurança pública com cidadania, é necessário sairmos do eixo Segurança Pública = Polícias X Pobreza, etc. Sem cair, é claro, na ingenuidade de que é suficiente uma política pública conhecida como de rede de proteção social. Não é suficiente.

Essa política pública é necessária, mais não dá conta de explicar a complexidade de incapacidade em convivermos com os conflitos do cotidiano.

Somos um SERES e como tal precisamos exercitar todas as nossas diversidades e desenvolver, dentro de cada um, sua capacidade de reconhecer no outro a possibilidade do acolhimento.

Parece romântico, ou brega, ou ainda falta de conhecimento da intensidade dos conflitos no país. Nada disso. Somos conscientes dessa crise que passa pelo trafico de armas, drogas, mulheres, prostituição infantil de meninas e meninos, estupro, corrupção no Estado e na sociedade, crime organizado, tráfico de animais silvestres, crimes ambientais, crise no sistema carcerário, desemprego, inchaço das periferias grandes e médias das cidades, seqüestro-relâmpagos e tantos outros crimes.

Estamos conscientes dessa crise e querer tratá-la apenas na dimensão do político, do material e até mesmo da chamada formação cidadã de quem trabalha nas polícias, ou, aproximar o Estado, através das polícias comunitárias, da população, ainda é tratar da doença.

Precisamos cuidar das atividades criminosas do dia a dia. Esta é uma tarefa árdua, de responsabilidade do ESTADO, na qual a sociedade pode e deve COOPERAR, sem perpetuar-se no velho e agonizante paradigma de quantos mais condenarmos ao cárcere ou matarmos, exibindo as cabeças como troféus, mais segurança estaremos dando ao próximo. Mero engano. Os dados estatísticos desmontam essa tese.

Nem de longe essas ações são capazes de apaziguar as cidades, em especial as periferias, que são as que mais sofrem com o stress de nossa incapacidade de conviver com os conflitos. Da mesma forma, a ausência de um Estado que não seja só punitivo, repressor e, em boa parte sem legitimidade,

Para desenvolver uma cultura pacificadora nas cidades, é necessário cultivar o AMOR, a AMIZADE e, consequentemente, desenvolver o sentido de PERTENCIMENTO àquela comunidade. Promover atitudes ÉTICAS dos representantes do ESTADO e honrar, com respeito, a dignidade humana. Seja um policial, um artista, um professor, um estudante ou um desempregado, negro ou branco.

Não é fácil dar uma dimensão subjetiva a questões tão concretas como a crise de violência que o planeta, o Brasil e a nossa comunidade vem atravessando.

No entanto, precisamos romper com a velha tradição de que a solução da violência está na eliminação do conflito.

Prevenir é o caminho para espalhar a esperança de atitudes pela paz e não violência, através de ações de alta sofisticação como a tecnologia na investigação de crimes, julgar e condenar nos marcos do Estado de Direito, ou em pequenas condutas policiais que nunca devem romper a legalidade e o exercício do direito de cidadania das pessoas poderem confiar em uma nova caminhada para a segurança publica no Brasil, que respeite as diferenças, que não julgue pela cor ou endereço, escolaridade ou modo vestir e de falar.

Uma segurança pública onde o CAMINHO DA PARTICIPAÇÃO e da solidariedade seja trilhado por cidadãos e cidadãs que valorizem os espaços públicos para o diálogo, os direitos humanos, o meio ambiente, enfim, que respeitem a vida.


SUGESTÕES:


1- A política de segurança pública deve ser sempre de estado e perene e não só quando acontece um crime bárbaro e comove a sociedade.

2- Desenvolver projetos de políticas públicas com o objetivo de criar ESPAÇOS PÚBLICOS SAUDAVÉIS PARA O DIÁLOGO NAS COMUNIDADES.

3- Desenvolver projetos de políticas públicas, planejada e focada nas áreas onde o número de homicídios interpessoais são mais praticados. Com o objetivo claro de não permitir que novas pessoas em especial a juventude seja atraída a prática da criminalidade.

4- Reduzir drasticamente nos próximos 36 meses a impunidade em todas as atividades criminosas. Definindo metas por ESTADO e no DF, com o objetivo claro de diminuir a sensação de insegurança. Fortalecendo uma grande mobilização com MP, OAB, Sociedade Civil, Igrejas, Conselho nacional dos secretários de segurança pública, ministério da Justiça, Educação e etc.

5- Desenvolver um política rigorosa de fiscalização nas empresas de segurança privada com o objetivo de reduzir drasticamente e no prazo de 24 meses a sensação de descontrole do uso de armas de fogo.

6- Desenvolver projetos em parceria com organizações da sociedade civil de EDUCAÇÃO PELA PAZ, através de metodologias que considere por Estado e o Distrito Federal todas as organizações que são reconhecidas pelos conselhos de segurança pública do Estado e do DF, pelas entidades de direitos humanos, pela secretária de educação local e de saúde.


Everardo de Aguiar Lopes
Rede Desarma Brasil – DF
Movimento Amigos da Paz
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VÍDEOS RELACIONADOS A SEGURANÇA PÚBLICA:

PROGRAMA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO GABEIRA





CAOS NA SEGURANÇA PÚBLICA DO DF